Central térmica de energia a gás vai gerar mil milhões de meticais em impostos anuais para o país

Central térmica de energia a gás vai gerar mil milhões de meticais em impostos anuais para o país


As empresas Total e Gigajoule assinaram ontem, em Maputo, um acordo para construir uma central de importação de gás e produção de eletricidade nas imediações da capital moçambicana, empreendimento que vai gerar mil milhões de meticais anuais em impostos.

Central térmica de energia a gás vai gerar mil milhões de meticais em impostos anuais para o país

"Este projeto da central térmica de 2.000 megawatts (MW) vai permitir uma entrada de mil milhões de meticais em impostos", disse Bruno Morgado, administrador da Matola Gas Company, na assinatura do acordo.
Segundo os promotores, trata-se da maior central termoelétrica a gás do país, capaz de produzir 2.000 MW, mais do dobro do atuais 800 MW que se estima serem necessários para abastecer o mercado doméstico - de acordo com as estimativas do Governo.
Seja como for, o objetivo do projeto será a exportação de gás e eletricidade para a África do Sul e países vizinhos.
"O Acordo de Desenvolvimento Conjunto irá acelerar o processo que permitirá a Decisão Final de Investimento a ser tomada em meados de 2020", lê-se no comunicado distribuído pelos promotores.
O projeto prevê a instalação de uma unidade flutuante de processamento de gás - que poderá vir a ser abastecida pela bacia do Rovuma, onde a francesa Total lidera a Área 1 - ligada à central termoelétrica.
O gás deverá também ser usado na rede local e industrial.
"Os campos de Pande e Temane [província de Inhambane, sul do país] estão a começar a decair e era preciso repor " o gás que abastece a África do Sul e alguns países da região, disse Bruno Morgado.
O gás que dará entrada em Maputo será dez vezes superior aquele que existe hoje: de 20 milhões para 200 milhões, o total de gás que vai ser gerido para a central, como para a distribuição na região, acrescentou.
A rede de gasodutos, infraestrutura do porto e a ligação à rede de gasodutos da Beluluane Gas Company (BGC) na região, através da infraestrutura existente de gás da Matola Gas Company (MGC), vai custar cerca de 350 milhões de dólares.
O custo total da central elétrica de 2.000 MW que será construída por fases de acordo com o crescimento das necessidades do mercado energético, será de cerca de 2,8 mil milhões.
Após a assinatura do acordo, vão iniciar-se os trabalhos de construção que deverão estar terminados em 2022, momento em que se iniciará a operação comercial do projeto.
A MGC iniciou os estudos em 2012 para garantir a entrega de gás natural liquefeito para a região como forma de mitigar esta limitação, tendo os referidos estudos identificado o porto da Matola como o local com condições oceânicas excelentes.
in Lusa
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