MP acusa Bang de homicídio involuntário em evento do Dia da Criança em Maputo

O Ministério Público (MP) acusou a empresa Bang Entretenimento, representada pelo empresário e promotor de espetáculos Adelson Mourinho, de homicídio involuntário de cinco pessoas durante um evento alusivo ao Dia Internacional da Criança, em Maputo.
MP acusa Bang de homicídio involuntário em evento do Dia da Criança em Maputo
"Tratando-se de eventos para crianças, era exigível maior cuidado da Bang Entretenimento com aspetos de segurança. A promotora de eventos agiu com imperícia e negligência, tendo como objetivo único a obtenção de lucro", lê-se na acusação, citada hoje pelo diário Notícias.
As cinco pessoas, das quais duas menores, morreram após serem empurradas por uma multidão à porta do evento, que assinalava as comemorações do Dia Internacional da Criança em Maputo.
A agitação terá sido causada por um acidente à porta do recinto Aqua Park, onde se realizava a festa, que incluía a atuação de vários músicos, ao mesmo tempo que havia um congestionamento automóvel, o que motivou um movimento súbito da multidão.
Na autopsia, segundo o diário, as autoridades moçambicanas indicam que as vítimas morreram por asfixia, traumatismo provocado por lesões contundentes e compressão abdominal.
O MP considera que agrava a responsabilidade penal da Bang Entretenimento o facto de ter prolongado o evento até à noite na presença de menores, embora o órgão reconheça como atenuantes a confissão e o auxílio prestado pela empresa nas despesas fúnebres.
O documento elenca ainda o desleixo e falta de consideração pelas questões de segurança na organização do evento, assim como inobservância do regulamento de espetáculos como determinantes para criar tumultos na entrada do recinto.
Para o MP, a empresa organizadora preocupou-se em proteger os artistas e instalações, excluindo os espetadores e, por isso, abriu apenas um portão para entrada e saída de pessoas e viaturas, o que deveria acontecer por acessos diferentes.
No processo, ao qual o empresário vai responder em liberdade por decisão do MP, foram arrolados 30 declarantes, entre familiares das vítimas e espetadores.
IN LUSA
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