Gestores públicos em Inhambane na mira do Ministério Público por falta da declaração do património

  

Gestores públicos em Inhambane na mira do Ministério Público por falta da declaração do património

Dos mais de 2.600 dirigentes públicos que devem apresentar declarações de bens e património em Inhambane, 449 ainda não cumpriram esta obrigação imposta por lei. O Ministério Público está a recorrer ao tribunal para reverter a situação.

Das 2.611 declarações de bens, as autoridades receberam 2.161. Segundo Alfredo Tomo, magistrado do Ministério Público em Inhambane, já houve trabalho em todos os distritos no sentido de iniciar a aplicação de sanções aos gestores públicos que ignoram a lei.

Aliás, pelo menos 71 pessoas foram visadas, entre elas 43 sancionadas com multas e suspensão de remunerações. Vinte e oito gestores públicos sentiram a mão dura da Justiça por desobediência às notificações da Comissão de Recepção e Verificação de Bens e Rendimentos, no âmbito da declaração de património. Este facto resultou na demissão e inibição de exercício de cargo, pelos próximos cinco anos, a três gestores públicos.

Sem fazer referência a montantes, Alfredo Tomo disse que outros 15 gestores pagaram multas pesadas e a Comissão de Recepção e Verificação de Bens e Rendimentos da Procuradoria Provincial da República está a intensificar a realização de palestas sobre a Lei de Probidade Pública.

As autoridades em Inhambane estão igualmente a divulgar o Decreto 17/2020, de 15 de Abril, que aprova o Regulamento de Procedimentos para a Suspensão de Reenumeração Mensal e o pagamento da multa aplicada ao titular de cargo ou função pública, sujeito à declaração de património, que não entregarem a declaração ou o façam fora do prazo estabelecido.

Alfredo Tomo avisou que o Ministério Público será “incandescentes e incomplacentes com a falta de prestação de declaração” do património por parte dos servidores públicos”.

O nosso entrevistado prometeu que até o final deste ano, todos os gestores públicos que não fizerem a declaração de bens serão levados à Justiça para o cumprimento coercivo da lei.

in Opais

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