MINEDH aguarda desfecho da investigação à fraude académica na “Josina Machel”

O vice-ministro da Educação e Desenvolvimento Humano, Armindo Ngunga, diz não haver certeza de que os exames encontrados na posse de alguns estudantes nas proximidades da Escola Secundária Josina Machel, em Maputo, sejam do Ministério.
Ainda não há desenvolvimento do caso dos estudantes surpreendidos pelas autoridades na posse de guiões de correção dos exames da 10ªclasse, próximo da Escola Secundária Josina Machel, na semana passada.
De acordo com Armindo Ngunga, o assunto está sob investigação, mas não existe certeza de que os guiões de correção sejam das provas realizadas na semana fina, e que provavelmente tenham sido extraviados no Ministério.
“Eles (as autoridades sob alçada do assunto) não sabem de onde saíram os exames, o Serviço Nacional de Investigação Criminal ainda está investigar. Se os exames saíram do Ministério vamos esperar que a Polícia diga. Nessa altura saber-se-á responsabilizar-se” os infractores, disse Armando Ngunga, acrescentando que o assunto já é também de domínio da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O vice-ministro da Educação e Desenvolvimento Humano falava à margem da reunião de harmonização da estratégia da implementação da Lei do Sistema Nacional do Ensino, que, entre outros, introduz a escolaridade obrigatória e gratuita da 1ª à 9ª classe.
A lei introduz, entre outras alterações, a redução do ensino primário de 7 para 6 classes, com um plano curricular contínuo e em regime de mono docência, ou seja, um só professor assegura todos os domínios das diferentes áreas curriculares de uma turma. A lei em alusão estabelece ainda que a 7ª classe passa para o ensino secundário básico.
Segundo aquele dirigente, estas alterações que vão obrigar a requalificação das escolas, bem como enquadramento dos professores.
“Lembrou-me que quando estávamos a discutir a lei houve uma inquietação por parte dos professores mas nós asseguramos que não vai acontecer nada com ninguém. O que vai se fazer é enquadrar cada um de acordo com as suas funções, qualificações, experiência e empenho”, acautelou Armindo Ngunga, explicando que professores licenciados que lecionavam nas escolas primarias do secundo grau, serão enquadrados no ensino secundário. O dirigente fez saber que esta em curso o levantamento da situação de cada professor.

O encontro que iniciou esta quarta-feira na Matola contou com a participação do Conselho Consultivo do Ministério, directores provinciais e quadros dos recursos humanos a nível provincial.
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