Fundo de Estradas vai reduzir as taxas de portagem na EN6

Fundo de estrada decidiu que vai reduzir os preços de portagens da Estrada Nacional Número 6, que liga a cidade da Beira ao posto fronteiriço de Machipanda. Além de reduzir, o Fundo adiou a entrada em vigor para um de Janeiro de 2020.
Da Beira até Machipanda foram montadas três portagens, num percurso de 287 quilómetros. O valor das taxas, para as três taxas, variam entre 720 e 5410 meticais, dependendo da classe da viatura.
Para o caso de transporte de passageiros, a viatura que fizesse todo o percurso Beira Machipanda teria de pagar 1500 meticais. Um valor que complicava as contas dos transportadores de Sofala e Manica.
Para ultrapassar o diferendo, esta segunda-feira, os transportadores das duas províncias vieram a Maputo para, junto do Fundo de Estradas sentar-se à mesma e discutir a questão. No final, houve abraços e aperto de mãos, simbolizando o lacnce de consensos. O Fundo recuou.

O Presidente da Associação dos Transportadores de Sofala, Ernani Silva, que representou os de manica também, revelou que o encontro produziu posicionamentos que “vão beneficiar a ambos lados”, referindo-se ao Fundo e a eles enquanto transportadores.
É que foram definidos número “aceitáveis para os transportadores”, por isso, estes estão “satisfeitos” com o encontro desta segunda-feira. Ainda assim, nem uma nem outra parte aceitou revelar as novas taxas e até que ponto essas taxas poderão beneficiar aos carros de outras classes.
Entretanto, a satisfação dos transportadores não mora apenas no facto de os transportadores verem reduzidas as taxas, mas também facto de o Fundo ter decidido adiar o início das cobranças das taxas para dia um de Janeiro próximo.
O Fundo de Estradas elenca um conjunto de razões que ditaram o adiamento. Entre elas, a “situação económica das empresas após o ciclone Idai que abalou sobremaneira a zona centro do país, tendo em conta, também, que o negócio dos transportes é feito através de contratos e os deste mês já foram assinados e as empresas já estão a implementar e não têm como negociar com os clientes o acréscimo das taxas de portagem e acrescentando que estamos na época festiva e, por isso, era necessário evitar tomar medidas que pudessem resultar no agravamento dos preços dos bens de consumo para a população”, explicou Ângelo Macuácua, Presidente do Conselho de Administração do Fundo de Estradas.
Se o adiamento teve uma aplicação imediata, as novas taxas de portagens na EN6 terão que passar pelo Conselho de Ministros, órgão que aprovou as primeiras que foram alvo de contestação.  
Aliás, a ideia de introdução de portagens foi introduzida pelo Presidente da República aquando da inauguração da estrada, tendo exigido, do Fundo, que a estrada fosse rentabilizada.
Logo depois, o Conselho de Ministros deu luz que o Fundo introduzisse as cobranças de taxas de portagens, no âmbito da 18ª sessão do Conselho de Ministros.
A EN6 é um corredor que dá aos países do hinterland acesso ao Porto da Beira, facto que explica o grande movimento de camiões de carga diversa, incluindo combustíveis, escoados através daquele eixo.
IN O PAIS
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