França paralisada por greve geral

Milhares de trabalhadores protestam (funcionários dos transportes públicos, estudantes, polícias, advogados, médicos, enfermeiros, professores, funcionários de companhias aéreas, entre outros sectores) hoje, em várias cidades da França, contra a polémica proposta do presidente Emmanuel Macron, que pretende transformar o sistema de pensões, eliminando 42 subsistemas. A manifestação ameaça bloquear o país por um tempo indeterminado.
A proposta deste sistema único é um dos eixos do programa eleitoral de Emmanuel Macron. O governo francês quer substituir 42 regimes especiais que existem em França tanto no sector privado como no público e no qual vigoram regras variáveis que afectam a idade de reforma ou o valor da contribuição.
Para o governo francês este é um sistema “mais justo e mais simples” em que “cada euro descontado dará os mesmos direitos a todos”.
No entanto, os sindicatos, temem que a mudança para o novo sistema adie a idade de reforma, actualmente aos 62 anos, e reduza o nível de pensões. O governo pretende apresentar a reforma ao parlamento no início de 2020 para uma entrada em vigor em 2025.
A greve convocada pelas grandes associações sindicais, a intersindical e interprofissional, está a afectar, em especial, o sector dos transportes. De acordo com a Sociedade Nacional de Caminhos de ferro Francesa, citada pela Euronews, apenas um em cada 10 comboios de alta velocidade está a circular. Motoristas de pesados, de táxis e de ambulâncias juntaram-se, também, à paralisação.
Estabelecimentos de ensino, museus e muitos serviços públicos também estão encerrados. Logo pela manhã, sete das oito refinarias francesas estavam paradas devido à forte adesão à greve por parte dos trabalhadores.
Os sindicatos prometem continuar a greve se Emmanuel Macron não abandonar esta reforma do sistema de pensões.
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